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Produtores do Piauí sofrem com a falta de ração e estoques vazios da Conab

Segundo a Companhia, 11 toneladas devem chegar nos próximos dias.
Repasse será subsidiado pelos Ministérios da Agricultura e da Fazenda.

Os pequenos criadores da zona rural de Teresina vivem um drama: falta ração para os animais e o estoque da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão vazios.  A crise do milho atingiu o órgão, que está sem um grão para repassar aos produtores.
Produtores de 90 cidades estão sem receber e para reverter a situação, 11 toneladas de milho devem chegar nos próximos dias. “Dentro de 10 dias vamos lançar um edital, para contratar o frete através de leilão público. Até o final de maio para início de junho, esperamos embarcar este produto, pois no momento em que ele chegar, iremos comercializar o mais rápido possível. Desta forma, começaremos a estabelecer o atendimento aos pequenos e médios criadores”, informou o superintendente da Conab, Alysson Pego
A Conab ainda não fechou o preço do milho preste a chegar, mas adiantou que o repasse será subsidiado pelos ministérios da Agricultura e da Fazenda.  Até lá, os produtores contabilizam os prejuízos que tiveram na roça.
O agricultor Raimundo Luís Gomes conta que o milho plantado não vingou. Foram poucas as espigas que conseguiram nascer e mesmo assim mas nada estar servindo.  “O saco custa R$ 50 e eu preciso comprar, pois não vou deixar minhas galinhas morrem de fome”, contou.
A agricultora Olivia Maria de Sousa recebeu mil quilos de milho ano passado e plantou tudo com esperança de servir de alimento aos animais. No entanto, a espiga não cresceu e ela teve que se desfazer da criação de galinha, porco e gado.  “Os animais que sobraram, eu estou vendendo ou comendo. Outros estou guardando na esperança de receber milho da Conab”, declarou.
A falta de chuva também é outro fator que tem dificultado a colheita do milho na zona rural de Teresina.  A água acumulada na lavoura entre janeiro e abril não foi suficiente para segurar o plantio. Com o fim do período chuvoso, os agricultores não conseguem tirar o sustento da terra e este ano a perda no campo deve ser de 80%.


fonte:G1piaui